segunda-feira, 13 de agosto de 2012

APRENDA A GOSTAR DE SI





…A auto estima enquanto única receita para a felicidade

Durante todo o meu trabalho como terapeuta quântica tenho verificado com os meus clientes que grande parte dos seus processos (inclusivamente com a saúde), começam com a forma como se sentem acerca deles próprios. Isto é algo que afeta todos os aspetos das suas experiências, desde a forma como interagem no trabalho, no amor, no sexo e até no modo como atuam enquanto pais. Todas as nossas reações aos acontecimentos do cotidiano, bem como os dramas da nossa vida são o reflexo direto da visão intima que temos de nós mesmos. Assim, na minha opinião pessoal a autoestima é a chave para o sucesso e para a felicidade, ou para o fracasso. É também a chave para nos compreendermos a nós mesmos e aos outros, e ao mundo que nos rodeia com todos os seus desafios e leva-nos a desenvolver uma dose de compaixão saudável quando enfrentamos esses mesmos desafios, inclusivamente com os nossos erros. Além de problemas biológicos, não consigo pensar numa única dificuldade psicológica – da ansiedade á depressão, ao medo da intimidade ou do próprio sucesso, ao abuso do álcool e drogas, ás disfunções sexuais ou á imaturidade emocional, que não esteja diretamente relacionado com uma autoestima negativa.

Nathaniel Branden sugere que a autoestima tem duas componentes fundamentais: “o sentimento de competência para lidar com os desafios da vida e o sentimento de valor pessoal”, traduzindo-se na soma da autoconfiança com o auto respeito. Ela reflete a nossa capacidade para compreender e dominar os problemas que vão surgindo, e a consciência intrínseca do nosso direito de ser feliz, ou seja,  respeitar e defender os nossos próprios interesses e necessidades.
Lutar pela nossa felicidade é um direito que nos assiste. Infelizmente uma grande parte das pessoas sofre de sentimentos de inadequação, insegurança, duvida, culpa e medo da sua participação plena na vida enquanto ser humano, desenvolvendo inconscientemente um sentimento de “não sou suficientemente bom”. Isto desenvolveu-se devido a informações negativas vindas de outros, que recebemos durante toda a vida: de pais, professores, amigos e colegas, grupos religiosos, etc.; ou porque constantemente falhámos na nossa própria honestidade, integridade, responsabilidade e autoafirmação; ou ainda porque julgamos as nossas atitudes com uma compreensão inadequada. Durante todo o meu trabalho como terapeuta, não conheci ninguém que tivesse uma autoestima cem por cento positiva, nem ninguém que fosse incapaz de a desenvolver. E esta prende-se com a convicção de que merecemos ser felizes, que somos capazes de enfrentar a vida com confiança e otimismo, necessários à obtenção das nossas metas e a sentirmo-nos realizados. Para desenvolver uma autoestima positiva saudável você deve:

1.    Avaliar o conceito que tem sobre si mesmo - O AUTOCONCEITO é quem e o que consciente e inconscientemente achamos que somos .As nossas características físicas e psicológicas, os nossos pontos positivos e negativos e, acima de tudo, a forma como você se avalia está diretamente relacionada com o grau da sua autoestima. Não seja demasiado severa consigo mesma, tudo aquilo que ainda não fez, foi porque não quis fazer. Não se culpe mas assuma essa responsabilidade. A visão mais profunda que desenvolvemos de nós mesmos influencia todas as nossas escolhas significativas e todas as nossas decisões e, portanto, determina o tipo de vida que criamos para nós.

2.       Viver com consciência – Crescer significa aprender a saber o que fazer em qualquer situação, ou seja, implica aprender novos comportamentos, que levam a novos e diferentes resultados. Se o que está a fazer neste momento não está a funcionar plenamente, faça outra coisa! TODAS AS CONQUISTAS QUE NOS DISTINGUEM COMO SERES HUMANOS SÃO REFLEXO DA NOSSA CAPACIDADE DE PENSAR. A vida bem sucedida depende do uso adequado da inteligência, e com adequado, quero dizer, às tarefas e metas que estabelecemos para nós mesmos e aos desafios que enfrentamos. Viver conscientemente implica um ato de escolha permanente em função da consciência que desenvolve sobre o seu próprio valor, necessidades e interesses.

3.       Libertar-se da culpa – a nossa meta é possuir um autoconceito forte, positivo em qualquer área, e conseguir mantê-lo, independentemente da nossa competência, ou da falta dela, e da aprovação ou desaprovação de qualquer outra pessoa.

Sentimo-nos culpados quando:
·  Ao pensar em  algo que fizemos ou deixamos de fazer, vivenciamos uma diminuição da nossa valorização pessoal;
·  Nos sentimos impelidos a racionalizar ou a justificar o nosso comportamento;
·  Sentimo-nos defensivos ou combativos quando alguém menciona o comportamento.
·  Achamos dolorosamente difícil lembrar ou examinar o comportamento.

 
4.       Assumir a responsabilidade pela sua vida - assuma plena responsabilidade por conquistar o que deseja. Não espere que os outros possam realizar seus sonhos. Se existir algum problema veja o que pode fazer para o resolver e que atitudes pode tomar; se cometeu um erro, seja ele qual for, pergunte-se o que é que lhe passou despercebido e o que é que calculou erradamente, não culpe ninguém quando algo estiver errado na sua vida. Você tem a opção de mudar o que quer que seja. Afinal a vida é sua!

5.       Viver com Verdade – Hoje em dia se tenho de optar entre o caminho mais fácil ou verdade, eu escolho o segundo. Por vezes, ainda deixo-me iludir mas sempre que vivo uma mentira, estou consciente de que é um preço a pagar por algo que ainda necessito ou ainda não desejo libertar. Vivemos uma mentira quando distorcemos a realidade da nossa experiência ou a verdade do nosso ser. Vivemos mentiras quando fingimos uma indiferença que não sentimos, quando nos mostramos zangados quando na verdade estamos com medo; quando amamos alguém e não nos conseguimos libertar para viver esse amor; quando ficamos muito tempo com pessoas das quais não gostamos; quando deixamos o nosso silêncio concordar com opiniões que não partilhamos; quando somos atenciosos com toda a gente excepto com aqueles que dizemos amar; quando fingimos estar tristes e desamparados quando na verdade estamos a tentar manipular através da nossa vitimização; vivemos uma mentira quando mostramos mais, ou menos, do que somos. Uma boa autoestima exige congruência entre aquilo que pensa e aquilo que manifesta no mundo.

Assim Ser feliz exige…
Pensar, mesmo quando é difícil.
Tomar consciência, mesmo quando isso é um desafio.
Clareza, venha ou não facilmente, e afastar-se da obscuridade e imprecisão.
Respeito pela realidade, seja ela agradável ou dolorosa.
Respeito pela verdade ao invés de a rejeitar.
Independência.
Vontade de assumir os riscos adequados, mesmo perante o medo.
Honestidade
Viver no presente e ser responsável por ele. Fugir da fantasia.
Auto confrontação em vez de “evitação”.
Vontade de ver e corrigir enganos em vez de perseverar no erro.
Razão em vez de irracionalidade.



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